À Oliveira Milenária
À Oliveira Milenária
Entraste na história pelo bico de uma pomba anunciando o fim do castigo divino aos sobreviventes da tragédia do dilúvio. E desde então és o símbolo da paz.
Do teu fruto saiu o óleo que ungia profetas e reis. Alimentaste, alumiaste, aqueceste e curaste muitos pobres mortais. Deste força e alento aos atletas em competição. Todos procuram a tua virtude.
E quando o tempo chegou, entraste no cortejo triunfal a sublinhar o cântico Hossana ao filho de David. Poucos dias depois acolheste no teu jardim o filho do Homem em angústias de morte. Foste o último aconchego na vida do Homem Filho de Deus. Testemunhaste o beijo traiçoeiro, o suor de sangue, a prisão de Cristo e o abandono dos Discípulos.
E como testemunha fiel entraste na liturgia da Igreja oferecendo-lhe a matéria com que se celebram quatro dos sete sacramentos e com que se faz a Sagração das Igrejas.
Junto desta igreja velhinha poderás continuar a proclamar que a morte com que estás ferida não destrói a vida que em ti renasce todos os dias.
Símbolo da Paz!
Oliveira Milenária
Como árvore sagrada
Bem mereces ser cantada
Símbolo da Paz!
Com mil anos de vida
Anuncia a tua herança
Fortalece a nossa esperança
Símbolo da Paz!
Junto à Igreja da Sé Velha
Faz de ama preferida
De tanta gente perdida
Símbolo da Paz!
Com sinais de morte no teu tronco
Faz renascer vida cada dia
E mais alegria, mais alegria
Símbolo da Paz!
Monsenhor João Evangelista